domingo, 27 de dezembro de 2009

Diretamente de Florianópolis

Hoje, estou escrevendo de longe. Todo ano minha família viaja entre o natal e o réveillon para aproveitar as férias. Esse ano, o local escolhido foi Florianópolis, capital de Santa Catarina, no sul do país. Confesso que o destino não foi tããão planejado como é de costume. Pensávamos em visitar a cidade há um tempo, mas não tínhamos agendado nada. Eis que surge uma mega promoçao de passagens da Tam na internet: ida e volta até Curitiba por cerca de 150 reais. Comprado.

(Nessa foto aérea dá pra ver a ilha Santa Catarina e a ponte que une o continete à ilha. Foto tirada desse link)

Assim, acordamos às 4h30 da manhã - esse é o incoveniente das passagens em promoção - para pegar um vôo às 6h45. Uma parada em Campinas e, às 9h30, já estávamos em Curitiba. De lá, pegamos um carro cá estou.

Como esse é oficialmente o primeiro dia, ainda não visitamos muitos lugares. Posso dizer que Florianópolis é muito bonita e, apesar de ser uma capital, muito tranquila. Mais de 92% da cidade está na ilha de Santa Catarina, o restante fica no continente. Com cerca de 400 mil habitantes, Floripa tem um ritmo diferente. Pensei que isso podia ser resultado de ela ser praiana, mas o Rio de Janeiro também o é e nem por isso deixa de ser agitada. Seria então o fato de a cidade, mais do que ter praias, estar rodeado delas, já que é uma ilha? Descartei de cara, pois a distância que a separa do continente não é tão grande. Seria, então, as férias? Também não, já que "férias" não é uma palavra universal. O comércio, os hotéis, os negócios, os professores... não páram.

Arriscando o único palpite que ainda não descartei, diria que tem algo a ver com a segurança do lugar. Assim, chegando também na palavra-chave cultura. Florianópolis é a capital brasileira com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (cerca de 0,875) e a quarta cidade do país com a melhor qualidade de vida.

Pode-se andar pelas ruas de madrugada sem temer assaltos ou sequestros. Pode-se deixar o carro a quilômetros de distância da sua cadeira de praia que ninguém vai fazer nada com ele. As pessoas são educadas e bem simpáticas. Você pede um informação e elas te respondem falando mais do que você esperava e puxando conversa.

E amarrado a tudo isso temos as praias. Disse que o fato de Floripa ser uma cidade praiana não explicava seu modo de viver, mas é claro que isso interfere um bocado. Ver uma paisagem bonita logo pela manhã alegra o dia de qualquer um. Não digo que as praias são mais bonitas que montanhas ou vice versa. Mas em uma capital ver montanhas é muito difícil pois a cidade cresce tanto que, quando há alguma elevação no terreno, ela já tem um monte de casa em cima. Com o mar é diferente. Ou você vai querer tirar ele de lá? Sem contar que praia é sinônimo de lazer: as pessoas tomam sol, caminham, praticam esportes, pescam. As pessoas costumam ser mais abertas nesses lugares.

Ainda não tenho certeza se vou ter tempo para escrever mais durante a viagem. Afinal, também quero descansar. De toda forma, vou passeando, guardando lembranças e tirando fotos para contar tudo depois. Dia 4 de janeiro (no máximo) tem post novo. Abraços e boa virada de ano para todos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Então é Natal!

Amanhã é Natal! Já disse aqui no blog o tanto que gosto dessa época do ano. Apesar dos shoppings lotados e da correria para comprar presentes de amigo oculto, é um clima muito bom: luzes espalhadas pelas avenidas, muita rabanada e votos de felicidade. Assim que percebo que o Natal está chegando faço questão de entrar no clima. Quando a gente é criança contamos as horas pra ver o Papai Noel, mas depois que a gente cresce um pouquinho que seja, pronto: faculdade, trabalho e outros deveres desviam a atenção. É preciso esforço pra entrar no clima... e eu faço questão de me esforçar.

(A forma mais gostosa de fazer uma coisa salgada virar doce. Saiba como fazer rabanada aqui (vai por mim: faz a primeira. Rabanada com leite condensado fica muito doce. Foto tirada desse link)

Esse ano, no início de dezembro, tirei um sábado de manhã par arrumar minha casa inteira. Depois, eu e minha mãe preparamos rabanada com todos os pães velhos que tinham em casa. Ao longo do mês, vejo quantos filmes e desenhos natalinos eu puder. Vale a pena! Não posso dizer "Natal não tem mais graça", ou "nem vi dezembro chegar" e eu gosto disso.

A comemoração do Natal aqui no Brasil acontece dia 24. É nesse dia que as famílias se reúnem a noite, sentam em volta da mesa para conversar e, perto de 10 horas da noite, oram de mãos dadas. Depois da farta ceia de Natal (uma das melhores partes), acontece o amigo oculto. Até dar meia noite alguns tios já ficaram mais bêbados, sua avó já deu algumas cochiladas no canto do sofá e todo mundo continua beliscando o que sobrou da torta de sobremesa. Mas quando dá meia noite todo mundo pára pra olhar as crianças desembrulhando os presentes.

No outro dia, cada um na sua casa, é hora de ver o que papai Noel trouxe durante a noite. Na hora do almoço, todos se reúnem novamente para almoçar o retso da ceia de Natal (que sempre sobra). As crianças, não param de brincar e exibir seus presentes.

(Dos embrulhos, só sobram as migalhas)

Esse é um natal tipicamente brasileiro. O seu pode não ser assim, mas acontece dessa forma na maioria das casa. Mas e nos outros países, como é? Resolvi, nesse post pré-Natal, mostrar como as pessoas comemoraram a data:

Estados Unidos

Repleto de luz, os norte-americanos gostam de esbanjar no brilho e na decoração, que conta com bonecos de neve (isso fica mais fácil para quem não mora em uma região tropical) e velas coloridas. As guirlandas são quase obrigatórias. Vizinhos e corais se organizam para cantar canções natalinas pelo bairro. A ceia acontece no dia 25 e tem como prato principal peru recheado. Dentro de casa, as crianças colocam meias perto da lareira e deixam um copo de leite e um prato com biscoitos para o Papai Noel comer quando chegar.

(Natal é mesmo em Nova Iorque! A pista de patinação do Rockfeller Center é uma entre várias. Foto tirada desse link)

Canadá

Em certas regiões os jovens se fantasiam e visitam lares de idosos e deficientes desejando Feliz Natal. Alguns cidadãos fazem como os estadunidenses e saem pelas ruas cantando e tocando instrumentos. A ceia dos canadenses acontece na véspera de Natal (dia 24) e é composta por muitos e diferentes tipos de peixes.

México

A religiosidade dos mexicanos é bem acentuada. Nove dias antes do Natal, eles começam a realizar procissões para lembrar os difíceis acontecimentos antes do nascimento de Jesus. Esse período simboliza a ida da família de Nazaré para Belém, que durou nove dias.

Cuba

O Natal foi banido do calendário cubano desde 1969, quando se instalou a Revolução socialista. Só em 1998, com a visita do Papa João Paulo II, o Natal voltou a ser comemorado "oficialmente". Ainda assim, a data não é significado de luzes e enfeites, que só aparecem em algumas casas. Dia 25 de dezembro passa como se fosse um feriado qualquer, a exceção das famílias que ceiam pernil ou leitão assado. De sobremesa, o torrone ganha do panetone.

Equador e Bolívia

A tradição religiosa aqui também é forte. Como a maior parte da população desses dois países é indígena (ou tem descendência de índios), as peças dos presépios têm rostos com olhos puxados e cores mais morenas.

(Presépio de natal do Equador. Foto tirada desse link)

Venezuela

O Natal na Venezuela tem uma curiosidade: as crianças vão para a primeira missa do dia 25 de patins. São tantas, que o trânsito de veículos costuma ser interrompido para que elas passem. Um dia antes, as crianças amarram um barbante ao dedão do pé e colocam o resto da corda para fora da janela. Assim que as primeiras crianças acordam e vão para as ruas elas passam puxando os barbantes das outras, chamando para a missa.

Argentina

No interior do país, a ceia acontece do lado de fora das casas, no quintal ou no jardim (sempre do lado de alguma churrasqueira). As festas começam e terminam bem tarde e são regadas a muito vinho e champagne. Também é comum soltar fogos de artifício a noite.

Portugal

Na "terrinha", e não para menos, o natal é bem parecido com o nosso. A diferença está no prato principal da ceia, que é bacalhau e arroz de polvo. O doce típico do Natal português também é a rabanada, mas há ainda uma surpresa para as crianças: durante a ceia elas podem comer o bolo-rei, um pão de frutas que vem com um presente dentro, algo como um ovo de páscoa natalino.

Itália

Todas as igrejas montam presépios e a ceia é regada a peixes e massas. As crianças italianos esperam ainda mais para receber os presentes. Na itália, eles são entregues só no dia 6 de janeiro, Dia de Reis, para lembrar a visita dos Reis Magos ao menino Jesus. Enquanto o dia não chega, as crianças esperam a visita de Befana. Segundo a lenda, os Reis Magos pararam antes de chegar a Belém e pediram abrigo e comida a uma senhora que se chamava Befana, que recusou. Dias depois ela estava arrependida, mas já era tarde para encontrar os três homens. Até hoje ela anda pelo mundo a procura de Jesus. Befana traz presentes ao meninos bons e castigos aos maus.

(Pessoas admirando decoração de Natal no Vaticano algumas horas antes da Missa do Galo, rezada pelo Papa. A missa atrai milhões de pessoas, todo ano, às 00h00 do dia 25 de dezembro. Foto tirada desse link)

Suécia

Aqui a festa começa cedo, dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau. Para quem nunca ouviu falar nele, São Nicolau nasceu no século III, em uma família muito rica. Com a morte dos pais ele seguiu a vida religiosa e resolveu doar todos seus bens. Famoso pela sua generosidade, ele virou lenda. Diziam que todo ano ele passava por vários locais doando presentes para as crianças: o Papai Noel. Voltando à Suécia, no dia 6 de dezembro as crianças escrevem cartas, as trocam com São Nicolau por um saco de balas ou nozes e ficam esperando seus presentes chegarem no dia 25. Na ceia também há uma tradição: a filha mais velha se veste de barnco com sete velas na cabeça e passa pela mesa servindo bolo a todos da família.

França

A tradição dos franceses no Natal é a reconciliação. Eles visitam a casa de algum amigo e pede perdão. Depois, brindam a união com vinho. Para a ceia, cada região tem seu prato principal, que pode ser pato, peru ou ostras. Os alunos mais novos representam cenas da vida de Jesus durante o mês de dezembro.

Belém

Em 25 de dezembro, Jesus nasceu em uma manjedoura, em Belém. Como era de se esperar, o Natal na cidade é cheio de peregrinos e tribos árabes da região. Milhares de pessoas se ajoelham na cripta da capela dos franciscanos e oram por Jesus em frente ao seu berço, que é exposto na igreja somente do dia 24 para o 25. Os franciscanos oferecem uma ceia aos peregrinas de pão preto e vinho. Quem mora em Belém comemora o Natal em família, com muitas orações.

(Dizem que foi aí que Jesus nasceu. As pessoas se ajoelham no local para adorar o berço. Foto tirada desse link)

Índia

A população indiana é majoritariamente hindu ou muçulmana. Assim, o Natal não é comemorado oficialmente. As casas são decoradas com enfeites, mas não se nota nada nas ruas. A árvore típica, inclusive, não é o pinheiro, mas espécies mais comuns como a mangueira e a bananeira. A tradição de dar presentes, porém, é seguida. Também é costume dar esmolas maiores nessa época do ano.

China

O Natal na China é bem iluminado e decorado. as casas ficam enfeitadas com lanternas de papel e as crianças também colocam meias perto das árvores de natal. Porém, como o país não é católico, a festa mesmo acontece no final de janeiro, quando eles comemoram o Ano Novo chinês. Nessa data as crianças ganham presentes e todos comem pratos típicos durante o dia. Retratos de familiares que já morreram são pendurados no local mais visível da casa para serem lembrados.

(Lanternas de papel chinesas. De diversas cores, formatos e tamanhos, as lanternas são muito comuns na China e no Japão e estão associadas a festas. Foto tirada desse link)

Japão

Por também não ser um país católico, o Natal não é muito difundido. Apesar disso, os japoneses abraçaram a tradição de distribuir presentes durante uma ceia aonde o prato principal é o Peru. Outra tradição que se difundiu bastante foi a do presépio, mas eles têm um jeito próprio de arrumar. Como as bonecas são muito apreciadas e colecionadas pelo país, o presépio é montado com esses objetos. Cada menina gosta de montar o seu.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Aqui você paga para ser um rato

Deixar de ser você e se passar por uma outra pessoa ou personagem é difícil e incomum, mas acontece em alguns momentos. Um deles é durante o Halloween ou festas a fantasia, quando podemos criar até personalidade para nosso novo "eu". Às vezes, ao mudar de trabalho, cidade ou entrar em um novo círculo de amigos temos a impressão de termos nascido de novo ou de podermos mostrar àqueles que não nos conhecessem uma nova pessoa.

(Já se imaginou passando por um desses? Foto tirada desse link)

Uma outra possibilidade, ainda mais incomum, é passar alguns dias no hotel Villa Ramster, em Nantes, na França. Lá, você pode ser... um hamster. Com direito a se vestir de rato, comer ração, dormir em cima do feno, usar aquelas rodinhas onde os animais se exercitam e usar um orelhão.
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A novidade custa caro: são 99 euros (cerca de 250 reais) a diária. E como ninguém que já tenha experimentado alguns confortos humanos consegue ficar sem eles, a diária deve aumentar devido ao pedido dos hóspedes por TVs de tela grande e internet sem fio.

Os inventores do Villa Ramster, os franceses Frédéric Tabary e Yann Falquerho, são donos de uma empresa especializada em oferecer ambientes estranhos e diferentes aos seus clientes. Segundo eles, a maioria dos hóspedes que procura o lugar já teve hamsters na infância e gosta de animais. Ainda assim, alguns dos hóspedes não querem necessariamente se sentir como ratos, mas simplesmente sair da rotina.

(Para mostrar como é fácil e "normal" ser um hamster por um dia, o proprietário do hotel, Frédéric Tabary, coloca a fantasia de rato oferecida pelo hotel e se joga na rodinha. Foto tirada desse link)

Há um vídeo no youtube de uma entrevista com Frédéric Tabary que mostra diversas imagens do hotel. Apesar de o local ter sido pensado à semelhança de uma gaiola de hamster, não deve ser essa a sensação do hópsede: o quarto é grande e cheio de objetos finos na decoração. O vídeo está em francês, mas, acredite, você nem vai se importar em não entender o que ele fala:


* Essa matéria saiu pela primeira vez no site FUNtástico, nesse link.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

De onde vem as roupas - Personagens (5)

Você já leu a etiqueta da sua roupa hoje? O que está escrito? Um norte-americano fez dessa curiosidade uma forma de viajar. Descobri essa notícia no blog Viaje na Viagem, do turista profissional Ricardo Freire no dia 8 de junho desse ano. Achei bem interessante e resolvi mostrar aqui:

Kelsey Timmerman estava em sua casa em Muncie, Indiana (USA), quando, ao vestir sua camiseta de estimação com a estampa do tatoo da Ilha da Fantasia, resolveu xeretar onde poderia ficar o tal lugar. Foi ver na etiqueta: estava escrito made in Honduras.

("My obsession with where my clothes were made took me around the world", Kelsey Timmerman. Foto tirada desse link)

Teve uma ideia de viagem: ir aos lugares onde são fabricadas as roupas que os americanos vestem. Completou seu itinerário com as roupas que estava usando naquele dia: cuecas de Bangladesh, um jeans do Camboja e sandálias de dedo da China.

O que podia virar uma reportagem-denúncia sobre a globalização e as condições sub-humanas de trabalho em que as roupas são produzidas mundo afora virou um relato apaixonado pelos lugares e pessoas que Kelsey conheceu pelo caminho - exploradas, miseráveis, mas que estariam ainda pior sem seus empregos.

A viagem virou um livro, o Where am I Wearing? (algo como "Onde estou vestindo?"), e também um site de mesmo nome.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cansado de passar o ano novo no Brasil? Pegue um avião e prepare o champagne


Cada país comemora a virada de ano de uma forma bem peculiar, apesar de roupa branca, champagne e fogos de artifício já terem virado símbolos dessa festa. De uma forma geral, é difícil concorrer com o Brasil, que leva verdadeiras multidões às ruas e trazem shows literalmente de parar o trânsito. Em muitas cidades estrangeiras, a folia começa mesmo depois da meia noite, em festas badaladas oferecidas por boates ou restaurantes privados. De toda forma, cada lugar traz um espírito diferente.

Se no último post falei sobre três das festas de réveillon mais famosas do Brasil, nesse falarei sobre a comemoração em três cidades estrangeiras que também chamam a atenção: Nova York (EUA), Paris (França) e Sidney (Austrália).

Nova York

A festa mais famosa da cidade que "nunca dorme" acontece na Times
Square. Mais de 1 milhão de pessoas vão até lá para assistir ao espetáculo de fogos de artifício. Quando o relógio marca 23h59, a New Year's Eve Ball, uma imensa bola de coberta com 2.668 cristais e mais de 32 mil lâmpadas, coloridas começa a a descer da torre da Times Square.

(De um lado, a loucura da Times Square, lotada como sempre. Os fogos de artifício saem por todos os lados da torre central (u dia ainda descubro como fazem isso sem o risco de queimar nada ou dar um curto circuito. Do outro, a New Year's Eve Ball. Durante o dia, claro. Fotos tiradas desse e desse link)

Paris

O réveillon, palavra francesa que significa "despertar do dia", tem dois endereços aqui. O primeiro é no Arco do Triunfo, localizado no final da avenida Champs-Élysées. Os fogos de artifício podem ser vistos em vários pontos da cidade. O segundo é na Torre Eiffel, onde a queima de fogos ilumina seus 317 metros. Esse ano a prefeitura promete um espetáculo ainda maior em comemoração aos 120 anos da torre. Em Paris, passar o réveillon tomando um bom champagne é quase obrigatório.

Sidney

Para muitos, é o único espetáculo que pode competir com o de Copacabana. É da ponte Harbour Bridge, famoso cartão postal da cidade, que ocorre a explosão das mais de três toneladas de fogos de artifícios. A prefeitura de Sidney organiza duas queimas diferentes: uma às 00h e outra mais cedo, às 21h, para as famílias. Fique esperto com as alcohol free zone. Pode ser confundida com zona livre para álcool, mas quer dizer livre DE álcool. Quem for pego com bebidas pode levar multa...

(Foto tirada desse link)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Com 2010 chegando, você não vai querer ficar em casa

A preparação para as festas de final de ano começam, às vezes, até antes de dezembro. Alguns procuram um lugar para comemorar a virada do ano com bebida, comida e muita música. E é difícil encontrar uma cidade que não ofereça isso: há sempre várias casas de show, hotéis ou salões organizando festas para quem prefere não sair da cidade. Outros, vão em busca das melhores viagens e das festas ao ar livre, aquelas cheias de foguetes e com shows para um batalhão de pessoas. Abaixo você confere algumas delas:

Rio de Janeiro

A cidade já é conhecida por promover o maior réveillon do mundo: são 2 milhões de pessoas a beira da praia de Copacabana para assistir os 20 minutos de estouro dos fogos de artifício.

(Réveillon na cidade maravilhosa. Foto tirada desse link)

Esse ano, simultaneamente a queima de fogos, a prefeitura do Rio organizou um inédito show de laser. Entre os artistas escalados para tocar na festa da virada do ano estão praticamente confirmados também Beyoncé e Madonna.

Salvador

O Nordeste é responsável por 34,7% dos viajantes estrangeiros - fora os brasileiros - nessa época do ano, e 11,6% deles escolhem a Bahia como destino final. A festa de réveillon de Salvador é uma das mais procuradas e uma das mais baratas. A principal queima de fogos acontece no Farol da Barra. As festividades continuam no dia seguinte, sempre ao som de muito samba e axé.

Para muitos, o réveillon da Bahia é o mais charmoso, e isso se deve a religiosidade de seu povo que, na virada do ano, enche o mar de rosas brancas e barquinhos com flores, espelhos e bijuterias oferecidas à Iemanjá, orixá africano aclamado pelos praticantes das religiões afro-brasileiras.

(O símbolo de Iemanjá é tao forte que mesmo quem não segue alguma religião afro-brasileira lhe dedica flores no início do ano ou no dia 2 de fevereiro, data da festa desse orixá. Depois do réveillon, quando amanhece o dia, o mar já está cheio de rosas. Fotos tiradas desse e desse link)


Florianópolis

A festa na capital catarinense é conhecida com réveillon-luz, isso porque o maior símbolo da cidade, a ponte Hercílio Luz, fica coberta de micro-lâmpadas desde o natal. É de lá que vem a paisagem mais bonita da cidade na virada do ano: uma imensa cascata que cai da ponte e deságua no mar.

Além disso, a queima de fogos na Avenida Beira Mar Rio, próxima à ponte, recebe o nome de Show Piromusicado devido a sincronia das explosões com as músicas especialmente criadas para a festa. O réveillon é comandado pelos jovens, tanto que a festa vai até de manhã sem interrupções. Para quem prefere um barzinho e um clima mais calmo também há opção.

(Agora imagine essa imagem com fogos e mais fogos coloridos! Foto tirada desse link)

*Esse ano é pra lá que eu vou, e prometo voltar com muitas fotos e informações.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sorvetes Exóticos. Haja estômago!

Para iniciar o novo marcador de Gastronomia, resolvi postar uma matéria que escrevi para o site FUNtástico há menos de um mês, sobre sorvetes exóticos. Acreditem, eles existem!

Sorveterias com sabores exóticos se multiplicam, e o público também

No Brasil e no mundo, os sorvetes napolitano e chocolate são passado. Que tal experimentar um sorvete de rosas. De cupuaçu? Jiló? Na frente de sabores tão exóticos os clássicos até perdem um pouco a graça.

(No Japão, comum mesmo é sorvete de tentáculo de polvo ou tinta de lula (foto), que são mais pedidos que chocolate, creme e outros sabores clássicos. Foto tirada desse link)

Em Belo Horizonte, a sorveteria I Scream lançou uma série de sorvetes pra comemorar a festa junina nos meses de junho e julho. Entre as invenções do sorveteiro e proprietário da loja, Fernando Lana, estavam os sabores de pé-de-moleque, brigadeiro, tapioca com cocada, arroz doce e canjica. No Rio de Janeiro, a delícia gelada da vez é a capuchinha, um sorvete criado há quatro anos feito a base da flor comestível de mesmo nome. A sorveteria Mil Frutas, responsável pela receita, mistura a flor com um creme inglês, mel e gergelim preto. A sorveteria oferece ainda mais de 160 sabores, entre eles absinto, nozes com ovos moles e manjericão.
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Temperos como azeite de oliva também viram sorvete, dessa vez em Porto Alegre. O segredo da Di Argento, responsável por essa e por outras receitas como o zabaione, feito de creme de ovos e vinho do porto, é usar sempre frutas congeladas ou in natura, artificiais. Além disso, em todo o Brasil é possível encontrar sorveterias especializadas em frutas típicas de uma região como as do cerrado. Lichia, cagaita e cajá são facilmente encontradas nesses locais.
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(Foto tirada desse link)

Mas não é só no Brasil que a moda está se espalhando. A maior marca de sorvetes artesanais da Espanha, a Llinares, prometeu lançar a "sorveterapia". Eles usam ervas e plantas medicinais nas suas receitas e dizem que podem tratar celulite, estresse e até impotência.
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Em Tóquio, no Japão, a Cidade do Sorvete recebe cerca de 2 milhões de pessoas por ano. O local reúne sete lojas que vendem mais de 500 variedades. O blog Japanese Ice Cream (em inglês) traz receitas, fotos e novidades de tudo quanto é sorvete japonês. Os sabores? Língua de boi, asa de frango, cobra, alho, polvo, barbatana de tubarão e por aí vai. Há também uma série de opções para os vegetarianos, como soja, inhame e arroz. E aí, vai encarar?

sábado, 28 de novembro de 2009

Para conhecer (e entender) Penedo

O espírito de uma cidade a gente só entende estando lá. Em Penedo, alguns passeios são essenciais.

Museu Filandês Dona Eva

Como falei nos posts passados, o museu traz peças de artesanato, fotos antigas, roupa típicas, correspondências, entre outras coisas. O museu, mesmo pequeno, possui um grande acervo. É um dos museus mais interessantes que já visitei e acho que há dois motivos para isso. O primeiro é que ele não se importa em trazer peças históricas ou de grande valor, mas sim coisas que sejam relevantes. Há coisas pequenas e simples mas que dizem muito sobre a cultura nórdica ou a história daquele lugar. No segundo andar, inclusive, há um mural cheio de curiosidades. Os visitantes saem do museu com a certeza de que aprenderam algo. A segunda é o próprio tema do museu, uma vez que a cultura filandesa é tão distante da nossa - e por isso mesmo tão interessante.

(Foto tirada desse link)
Pequena Finlândia
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O mini shopping é obrigatório. As lojinhas imitam a arquitetura de casas tipicamente filandesas e lá você vai encontrar peças artesanais feitas com materiais bem diferentes. Aliás, dando uma voltinha pela cidade você também encontra lojinhas e outras galerias com artesanato. Também é na Pequena Filândia que você encontra a única casa do Papai Noel oficial fora da Finlândia. Sinceramente, o preço que eles cobram pra entrar no local não vale a visita. Mas se você é do tipo "sou turista e quero participar de tudo", entre (eu entrei).
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(Uma das ruazinha da Pequena Finlândia. Foto tirada desse link)

Danças Típicas

As danças folclóricas acontecem no salão do Clube Finlândia todos os sábados a noite. Além de polcas, tangos, valsas também há samba e rock. Vale a pena ir no local, mas caso você não tenha tempo, procure saber se o grupo de danças filandesas vai se apresentar em algum lugar da cidade. O clima é diferente, mas dá para ver as roupas típicas e os passos de dança.

(Apresentação do grupo de danças filandesas no shopping Pequena Finlândia. Foto tirada desse link)

Gastronomia

A cidade parece uma festa da gastronomia nórdica. Há restaurantes com comida filandesa (destaque para o Koskenkorva), norueguesa e sueca, além dos alemães (como a Casa do Fritz), os japoneses e os suiços. A essa mistura de temperos junta-se as trutas: criadas nos lagos próximos a região, Penedo têm alguns restaurantes especializados nesse peixe, que só sobrevive em locais não poluídos. Os preços dos restaurantes são um pouco salgados e o atendimento é devagar, principalmente em dias muito cheios. Depois do almoço, vá a alguma casa de sorvete ou chocolates artesanais.

(Chocolates artesanais. Hum... Nesse site você encontra os nomes de quase todos os restaurates de Penedo. Foto tirada desse link)

Ecoturismo

Penedo está dentro do Parque Nacional do Itatiaia e é rodeada de natureza literalmente por todos os lados. Há várias trilhas para serem feitas, inclusive uma caminhada de 20 minutos de aclive até o Pico do Penedinho que proporciona uma visão panorâmica da cidade. No caminho, muitas Araucárias e algumas cachoeiras. As mais visitadas são Três Cachoeiras, Cachoeira de Deus e Três Bacias/Poço das Esmeraldas.

(Cachoeira Três Bacias. É a mais longe do centro de Penedo. Suas águas calmas são ótimas para banho. Foto tirada desse link)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Curiosidades sobre Penedo e a cultura filandesa

Mais de 10 mil quilômetros separam Brasil e Finlândia. As diferenças entre povos, clima, língua e cultura não poderiam ser pequenas. Como prometi no post passado, segue aqui uma pequena lista de CURIOSIDADES que li no Museu Filandês da Dona Eva, quando estive lá em 2005.

- Suomi é Finlândia em filandês.
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- Sauna é uma palavra filandesa sem tradução no Brasil. Foi a primeira construção efetuada pelos imigrantes quando chegaram em Penedo, após algumas casas. Se aquecer em saunas durante o inverno é um hábito das pessoas desse país.

- Penedo já teve uma escola de línguas que ensinava filandês. Como a língua é muito difícil, a procura era pequena e as aulas acabaram. Hoje, no Brasil, só existem duas escolas que ensinam filandês, ambas em São Paulo.
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- Os trajes típicos não são mais usados no dia a dia, visto que a população camponesa na Finlândia praticamente não existe mais. Hoje, os trajes são usados em bailes típicos e apresentações de danças folclóricas.
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- O artesanato dos filandeses é bem vasto. Podemos destacar a fabricação de velas de todas as cores, tamanhos e aromas, os tapetes feitos a mão e a confecção de vários objetos a partir de bucha vegetal, como bonés e sacolas. Infelizmente, o artesanato com bucha não foi difundido em Penedo e não encontra-se peças nesse estilo na cidade.

(Tear de Rodrigo Tecelão, morador de Penedo. Ele conta que esse tear foi construído com ajuda do filandês Niilo Valtonen, primeiro fabricante de teares manuais do Brasil. Foto tirada desse link)
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- O Clube Filandês, fundado pela própria comunidade no terreno de um dos moradores da colônia, foi utilizado como ponto de encontro da comunidade para conversas, danças e entretenimento.
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- A árvore de natal tipicamente filandesa não tem pisca-piscas. A luz é substituída por pequenas velas colocadas nas pontas dos ramos da árvore. A vela é muito apreciada na Finlândia por passar o sentimento de calor e conforto nas noites frias do país.
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(Velas multicoloridas fabricadas pela Velas Finland, fundada por um casal de filandeses há 30 anos. Foto tirada desse link)
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- Cada família produz os enfeites da própria árvore.
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- Os imigrantes não escolheram Penedo por ser uma cidade com clima de montanha, como o que eles estavam mais acostumados, e sim por ser uma cidade brasileira com clima tropical onde existiam terras que estavam a venda. Eles queriam um país para plantar e que desse frutas o ano inteiro, para poderem sustentar a comunidade, que era vegetariana.

domingo, 22 de novembro de 2009

Finlândia brasileira

Vi os primeiros pisca-piscas há duas semanas, em um posto de gasolina. Desde então o clima de natal só aumenta: verde e vermelho por todos os lados, presentes, decorações com laços e guirlandas, árvores com mil bolinhas coloridas, panetone. O natal me contagia. É por isso que resolvi escrever sobre Penedo, um distrito do município de Itatiaia, no sul do estado do Rio de Janeiro.

(Entrada do shopping Pequena Finlândia. O local é cheio de lojas e bares com arquitetura que imita casas tipicamente filandesas. Foto tirada desse link)
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A cidade é o espírito do natal em pessoa. Penedo foi colonizada por filandeses, país conhecido por ter como habitante ilustre ninguém menos que o Papai Noel. Inclusive, dentro da Pequena Filândia, um shopping com lojinhas que reprodzem a arquitetura das casas filandesas, há a única casa do Papai Noel oficial fora do país.

Isso já bastaria para a cidade ser alvo turístico nessa época do ano. Mas ela traz ainda mais surpresas. Já no início de novembro as lojas e casas começam a ser enfeitadas. Uma grande árvore é montada na frente da casa do Papai Noel, aonde há um espaço aberto com uma pequena arquibancada e apresentações de danças, músicas e corais nos fins de semana. O clima de cidade pequena deixa tudo mais aconchegante e o "friozinho" da região, que fica no pé da Serra da Mantiqueira, deixa o natal com uma cara mais "européia". Para isso também ajudam os restaurantes com cozinhas internacionais, da alemã à norueguesa, e as casas de chocolates artesanais.

(Árvore dentro da Pequena Finlândia. Foto tirada desse link)

O clima natalino não é só uma questão de hábito ou atração turística. As raízes dessa cultura vêm da colonização filandesa, que se instalou por lá na década de 1920. O idealizador e fundador da colônia, Toivo Uuskallio, conta no livro "Na viagem em direção à magia do trópico" que recebeu um chamado para deixar seu país e ir para o sul.

Em 1927, Toivo, sua mulher e três rapazes embarcaram para o Brasil. Eles procuravam um local calmo, quente e com terras férteis para manter uma comunidade com bases vegetarianas. Depois de um período de aclimatação ele comprou a Fazenda Penedo e fundou a colônia. De 1927 a 1940 chegaram quase 300 filandeses ao porto do Rio.

(Filandesas em frente ao Casarão. Foto tirada desse link)

A década de 1930 foi de grandes dificuldades e só melhorou em 1942, com venda de parte da fazenda a uma empresa suiça. Foi nessa época também que o turismo surgiu em Penedo. A comunidade percebeu que os habitantes com traços europeus, as danças folclóricas e toda aquela cultura tão diferente da brasileira atraía as pessoas.

Hoje, Penedo conta com 52 hotéis, vários restaurantes, lanchonetes, bares e casas de chocolates artesanais. Há menos de 20 filandeses naturais morando em Penedo, mas a preocupação com a preservação da cultura é grande. O Clube Filandês, fundado em 1943, faz bailes todo sábado com apresentações do Grupo de Danças Tradicionais. O Museu Filandês da Dona Eva, apesar de pequeno, é responsável por um grande acervo de peças filandesas, roupas, instrumentos musicais, correpondências antigas, fotos e informações.

No próximo post vou trazer algumas curiosidades que peguei no Museu da Dona Eva quando estive na em Penedo, em 2005.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nuances de uma Europa Oriental

Um livro escrito a dois tempos. O primeiro se passa em 1911, quando o desenhista Charles-Edouard Jeanneret, apenas com 23 anos, escreve um diário narrando sua viagem. O segundo se passa em 1965, quando esse mesmo jovem resolve revisar o livro para, então, publicá-lo. Nessa época, o jovem já tinha 77 anos e era conhecido como Le Corbusier, um dos mais importantes arquitetos do século XX. Assim é A viagem do oriente (Le voyage d'Orient).


A obra foi o primeiro e o último texto escrito pelo francês Le Corbusier, que morreu meses depois do lançamento. O relato do artista começa em Berlim, na Alemanha, e passa por Dresden, Praga, Viena, Budapeste, Constantinopla, Monte Athos, Atenas, Brindisi, Nápoles, Pompéia e Roma. A meta era ir até o Egito. Entretanto, quando ele e seu amigo chegam a Atenas acabam tendo que encurtar a viagem por questões de saúde.

De toda forma, o que lemos no livro é um relato apaixonado de um jovem pela arte. Mas pela arte remota, primária. Le Corbusier se encantava, por exemplo, com jarros a moda antiga, aqueles que ainda não foram contaminados pelo "gosto ocidental". Em uma passagem do livro ele narra que ao entrar em um mercado procurou algo que fosse representativo dessa estética. Não encontrava: tudo parecia igual, criado para atrair turistas, feito em série para vender mais e mais. Até que resolveu ir nos fundos de uma lojinha. Lá no fim, perdida entre as estantes, uma peça lhe chamou a atenção. Aquela sim, pela sua forma e tons, parecia trazer de volta as raízes daquela cultura.

Essas situações faziam o jovem refletir sobre o passado e o futuro. O progresso tem de ser feito em cima da supressão de certas culturas? E a partir desses questionamentos o arquiteto traz profundidade ao livro. A outra boa surpresa do livro é a noção artística de Le Corbusier. Com apenas 23 anos ele mostra já entender como ninguém de profundidade, estrutura, disposição de volumes, nuances de cores.
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E ele não escreve só sobre a arte dos tapetes, das peças artesanais, dos panos, mas também dos degradês do céu e das incríveis paisagens, narradas com precisão. Precisão até demais... e aí um problema: é tanto detalhe que a leitura se perde. Confesso que, por vezes, tive vontade de parar de ler. Foi cansativo terminar e só o fiz por teimosia. Páginas e páginas falando sobre um único pedaço de pano. A narrativa flui lentamente e, por vezes, as histórias pessoais ou os relatos das pessoas de um país são bem mais interessantes.
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Acredito que para uma pessoa da área o livro seja bem melhor. Pelo menos é o que mostra a resenha de A viagem do oriente feita pelo arquiteto Artur Rozestraten. Leia também e forme a sua opinião.

domingo, 15 de novembro de 2009

Causos no interior - Personagens (4)

Dessa vez, a seção Personagens traz não uma, mas cinco pessoas. São pequenas situações que aconteceram durante minha estadia no Park Hotel Mantiqueira que me chamaram a atenção. Talvez elas passariam despercebidas por alguém, talvez eu mesma tenha deixado muitos casos como esses pra trás. De toda forma, pequenas pílulas como essas mostram um pouco de nós, em poucos minutos.

Infância com batatinhas

Duas meninas, irmãs, entre seis e sete anos, estavam saindo do restaurante com um pratinho de batatas fritas. A mãe avisou: "Vê se não vai derrubar tudo!". Elas garantiram que nada ia acontecer. Já na escada caíram duas. A filha que segurava o prato olhou para trás. Por sorte, a mãe estava de costas. Ainda bem.

Foram andando para o brinquedo que ficava na frente do restaurante. Uma casinha com balanços nas pontas, cavalinho que vai e vem no meio, escada e escorrgador. Mas elas não queriam simplesmente ficar lá, queriam subir a escada para comer lá em cima.

Na caminhada caíram mais duas. No caminho, comeram mais umas cinco. E começaram a subir a escada do brinquedo. Uma delas foi na frente e a outra ficou embaixo para passar o prato. "Ideia de mestre", elas devem ter pensado. A que estava atrás subiu dois degraus, ficou na ponta do pé, deu uma inclinadinha no prato pra irmã pegar sem ela ter que subir mais nenhum degrau... e as últimas três batatinhas caíram.

Ela viu, olhou pro prato triste e fez o caminho de volta para pedir mais. Falou com a mãe: "Mãe, eu e a Bela comemos tudo. Ela quer mais batata e eu quero doce de leite". A mãe serviu e ela voltou. Dessa vez comeu no balanço, sem precisar subir escada nenhuma.

Urbanóides

O hotel tem um lago para pesca. Peixes pequenos, nenhum surubim de 5 quilos ou algo que o valha. Ninguém tinha se arriscado antes, até que duas meninas decidiram tentar a sorte. Ficaram menos de 15 minutos e foram chamar mais uma pra ver se a coisa ficava mais legal.

Todas adolescentes, não pararam de conversar. E, claro, não pegaram nenhum peixe. Com menos de 10 minutos outra menina, mais nova que elas, grita lá de cima: "Vamo nadar!". Elas confabularam um pouco e em menos de 5 minutos largaram as varas no banco perto do lago e subiram o morro.

Meu pai comentou: "Isso é típico das pessoas urbanas...". "Sair correndo pra ir nadar?", perguntei. "Não, a impaciência". Ah, isso também.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dois hotéis em Barbacena. Escolha o seu!

Barbacena, uma cidade à 169 km de Belo Horizonte, não tem lá muitas coisas para se ver. A cidade apresenta alguns edifícios históricos, de estilo colonial ou barroco, mas nada muito expressivo e ainda pouco conservado. Outro problema é a concorrência: Barbacena está perto de cidades como São João del-Rey e Tiradentes, famosas pelas suas construções históricas e festivais culturais.

Assim, no que tange a pontos turísticos, Barbacena não tem muito. O que ela tem de melhor são os hotéis. Das últimas três vezes que fui para a cidade passei o dia inteiro em um. Sempre fiquei no Senac Grogotó, que é também um hotel escola aonde jovens da cidade e de regiões próximas aprendem tudo que diz respeito a hotelaria, de gastronomia à administração de hotéis. No feriado de finados, fui pela primeira vez ao Park Hotel Mantiqueira.













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(A 1ª foto é do Park Hotel Mantiqueira. A 2ª, da entrada do Sena Grogotó. Foto tirada desse link)

O Guia Quatro Rodas de 2010 coloca os dois lá no alto. Ambos estão classificados com o símbolo de médio conforto, sendo que o Park Hotel ainda apresenta o símbolo de ambiente agradável. O preço de ambos também é semelhante: Um quarto para duas pessoas sai por 168 e, no Park Hotel, por 150. O que faz a diferença então? Abaixo, segue uma lista com alguns quesitos. Em bold está aquele que eu prefiro. Mas que fique CLARO: essa é minha opinião. E, além disso, mesmo que um hotel ganhe mais "positivos" que o outro, tudo se resumo ao que você procura.

Localização

Park Hotel: Está a 13 km da entrada da cidade. Fica na beira da estrada, mas o lugar é tão bonito e cheio de verde que você nem percebe, a não ser pelos barulhos dos caminhões de vez em quando.

(Esse é o restaurante do Park Hotel, a primeira imagem que se vê logo ao sair da estrada e entrar no hotel)

Grogotó: Está em um dos pontos mais altos da cidade. É sempre bom ficar perto da cidade, mas levando em conta que Barbacena não tem lá muito o que se ver, a vantagem não é tão grande assim.

Comida

Park Hotel: A comida é caseira. O café da manhã é comum, com frutas, pães, bolos e biscoitos. Nada em excesso. O almoço e o jantar não estão incluídos na diária e são servidos em outro restaurante, separado do hotel e perto da estrada, pois é aberto ao público. O almoço é 15 reais por pessoa e a vontade. Já o jantar é a la carte. A cozinha do hotel faz lanches como pizzas e sanduíches que podem ser pedidos a qualquer hora do dia.

Grogotó: No quesito comida o Grogotó ganha de lavada. O café da manhã tem tudo o que o Park Hotel tem, mais geléias, pães sortidos, várias opções de bolo, omelete, salsicha e até panquecas. O almoço e o jantar também não estão incluídos na diária. O jantar é a la carte e no almoço paga-se um preço único para comer a vontade. São muitas opções, da salada ao prato principal. Da primeira vez que fui lá, inclusive, havia uma sala inteira só de sobremesa com tortas, mousses e doces. O segredo? O fato de o hotel ensinar gastronomia a jovens e ter como professor o melhor chef da cidade. Mas tudo isso tem um preço: o jantar é caro e o almoço o dobro do Park Hotel, 30 reais.

(Hum... café da manhã. E essa é só a parte dos pães. Falta a mesa de bebidas, a de frutas, a de pratos quentes... Foto tirada desse link)

Instalações

Park Hotel: Há um tempo venho tentando entender o que faz um lugar ser confortável. Por enquanto as minhas hipóteses indicam que entre esses itens estão jardins com muito verde, decoração com cores quentes e pés-direitos baixos. O Park Hotel tem tudo isso. A foto ao lado mostra o hall de entrada, cheio de poltronas coloridas, revistas e vista para a área de lazer do local. Outra coisa legal é a luz: os corredores do hotel tem clarabóias e durante a manhã e parte da tarde a claridade é tanta que as luzes não precisam ser acessas.

Grogotó: É um hotel mais urbano e menos aconchegante, com cara de cidade. Mas tem melhores
quartos e em maior quantidade, 88 no total. A foto ao lado mostra o salão nobre do Grogotó, ao lado da recepção. O local é bem espaçoso e claro, no lugar de janelas, as paredes são inteiramente de vidro. A foto foi tirada desse link.

Área de lazer

Park Hotel: Tanto o Park Hotel quanto o Grogotó contam com estacionamento, sala de tv, salão de jogos, piscina comum, piscina aquecida, sauna, quadra de futsal e playground. A mais, o local oferece campo de futebol, cavalos e lago para pesca. O clima da área de lazer é igual a de um hotel fazenda, com muita área verde, animais (inclusive dois gansos muito engraçados que ficam gasnando vez ou outra), flores e até uma casinha na árvore.

(Visão da casinha na árvore. O playground e a piscina estão ao lado)

Grogotó: Além do que foi citado acima, o Grogotó tem sala de cinema, centro de convenções, sala de ginástica e ofurô. A área de lazer é mais chique, diremos assim. Apesar da falta de verde, traz tantas atrações interessantes quanto.

(Vista aérea da piscina aberta do Grogotó. A sala de ginástica, piscina aquecida, sauna e ôfuro estão ao lado, em um local coberto. Foto tirada desse link)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Queda do Muro de Berlim completa 20 anos hoje

Ei pessoas! Há uma semana passei a ser redatora da seção TRIPz do site FUNtástico. O site é novo, muito legal e separado em diversas seções como esporte, mundo geek, cinema, música e por aí vai. Assim, vai ter um intercâmbio entre os posts aqui do blog com os posts do FUN.

A primeira matéria que entrou lá foi sobre comer de graça em NY, que eu tinha feito pro blog no dia 7 de outubro. Hoje, vou postar aqui uma matéria que fiz especialmente para o FUN: no dia 9 de novembro de 1989, às 23h, os alemães colocaram abaixo a barreira que dividia a cidade. Hoje, comemora-se 20 anos da queda do muro de Berlim. A matéria original você confere aqui!

A união de um país

Em 1961, um muro de 4 metros de altura separou uma cidade ao longo dos seus 155 quilômetros. De um dia para o outro, famílias inteiras foram separadas. Crianças tiveram que trocar de escolas e trabalhadores de emprego. Essa é a história do muro de Berlim, símbolo máximo da Guerra Fria e da divisão mundial entre países capitalistas e socialistas.
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("Restos mortais" do muro de Berlim. Hoje, essas paredes grafitadas são uma galeria a céu aberto, a East Side Gallery. Foto tirada desse link)

Hoje, comemora-se os 20 anos da queda do muro, que aconteceu em 9 de novembro de 1989. O fim dessa barreira representou o fim do regime comunista não só por parte do governo, mas também pela mão do povo: o muro foi quebrado por milhares de alemães, de ambos os lados, que ansiavam novamente pela unificação da cidade.

No lugar do muro ficou uma Berlim que rapidamente se desenvolveu. Há museus, oficinas, bares e boates por todo lado. Na capital alemã, a tolerância é levada a sério e diferentes culturas e tribos convivem sem problemas.

Mas nem todo muro caiu: mais de 1 km dele está intacto e funciona como uma galeria a céu aberto batizada de East Side Gallery. As paredes apresentam grafites de 118 artistas de 21 nacionalidades diferentes. Hoje o local é um dos pontos turísticos mais visitados do país. Além disso, todo o percurso do muro ao longo da cidade está marcado no chão.

Retomada histórica

Com o fim da II Grande Guerra, em 1945, a Alemanha foi dividida pelos vencedores em duas partes. O lado ocidental ficou sob o domínio dos capitalistas EUA, França e Inglaterra. O lado oriental, sob o domínio comunista da então União Soviética (URSS). A capital Berlim, que se encontrava na parte oriental, também foi dividida em duas sob o mesmo esquema.

O problema foi quando o estilo de vida da Alemanha oriental, cheio de restrições, começou a incomodar. O fluxo de pessoas para a parte ocidental aumentou tanto que o governo da URSS resolveu erguer um muro bem no meio da cidade. O fez na madruga de 13 de agosto de 1961.

Muitas pessoas tentaram romper a barreira e atravessar o muro ilegalmente. Estudos de diversas entidades alemães estimam que mais de 100 mil pessoas tentaram atravessar o muro. Cerca de 150 morreram e muitas ficaram feridas.

sábado, 7 de novembro de 2009

Olimpíadas 2016. Isso vai dar certo?

Desde que o Rio de Janeiro ganhou a disputa de sede das Olimpíadas de 2016, no dia 2 de outubro desse ano, as opiniões se dividiram. A grande discussão gira em torno dos investimentos financeiros. Com um evento desse porte nas mãos, o governo terá que investir em quadras, estádios, pistas, instalações para as comissões desportivas e também em questões primárias como segurança, transporte, turismo etc.


(Logo oficial das Olimpíadas do Rio 2016. Foto tirada desse link)

As pessoas que são contra dizem que querer organizar um evento como esse em um país que ainda precisa de tantos investimentos em saúde, educação e transporte é um absurdo. E o pior é que vamos sair de uma Copa do Mundo, em 2014, e ir direto para uma Olimpíada: o preço a se pagar por tudo isso é alto demais se pensarmos no nível de pobreza da população. Além disso, Londres, a sede das Olimpíadas de 2010, já gastou cerca de 60 bilhões de dólares, quase 120 bilhões de reais e a outra pergunta é se esses 120 bilhões de reais provenientes do governo (ou seja, dinheiro público) não serão desviados ou superfaturados como costumamos ver no Brasil (e como suspeitam ter acontecido nas obras do Pan Americano de 2007).

Outro argumento se basei na segurança dos próprios atletas, não só em relação a assaltos e sequestros. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde serão realizadas as competições de remo e canoagem, a águas são poluídas e impróprias para banho.

Já os que estão a favor recorrem ao passado. A cidade de Barcelona (Espanha), por exemplo, passava por uma decadência econômica nas décadas de 1980/90. Com as Olimpíadas de 1992 ela se reergueu. As transformações que a cidade sofreu em termos de transporte, tecnologia e economia são aproveitadas até hoje. Barcelona se tornou um lugar muito mais agradável de se viver e uma das cidades mais visitadas da Espanha. Espera-se que ocorra o mesmo com o Rio.

Olimpíadas, além de investimentos, quer dizer emprego e geração de renda. Além disso, sediar uma Olimpíada é uma ótima oportunidade para explorar os potenciais da cidade, realizar uma mudança política, atrair investimentos para o país e aumentar ainda mais o orgulho nacional. E o país não poderia passar por um momento econômico melhor do que o atual para receber o evento.

Os "contra" e os "a favor" são muitos e estão repletos de argumentos. O site Viaje na Viagem, do turista profissional Ricardo Freire, realizou uma enquete sobre o tema. Clicando nesse link você pode ler a opinião de pessoas de todo o país sobre a pergunta A Olimpíada de 2016 pode fazer do Rio uma cidade realmente maravilhosa?

E você, o que acha do assunto? Deixe sua opinião no Eu Mundo Afora. Para te ajudar a pensar, assista ao vídeo oficial sobre as Olimpíadas, que mostra onde serão as provas de cada modalidade e quais obras serão realizadas na cidade para sediar o evento.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

De dia, de tarde e de noite

Depois de um dia de praia, nada como voltar pro hotel, tomar um banho, comer alguma coisa e escolher um lugar bem bacana pra visitar. E disso o Rio está cheio.

Cristo Redentor
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Em 2007 foi considerado uma das 7 maravilhas modernas do mundo. Pra quem não sabe a história e não entende como uma estátua daquele tamanho foi parar no alto do Corcovado, ela foi montada lá mesmo - ao contrário das teorias que já ouvi de que ela foi carregada até lá. Primeiro foram montadas as estruturas de concreto armado, depois veio o cimento e depois uma malha metálica coberta de pedra sabão. Foi inaugurado em 1931 e hoje é imitado Brasil afora. Minas, por exemplo, tem uma profusão de Cristos. BH tem o seu, no bairro Milionários. Nenhum, claro, chega perto do original.
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Você pode subir até lá a pé, de carro ou de trenzinho (por 36 reais ida e volta). A graça de ir a pé é tirar uma foto a cada escada, que traz ângulos diferentes da cidade. É clichê, ok, mas é sim uma das vistas mais bonitas do Rio e da representação daquilo que venho repetindo: a cidade e seu contetxo, com os paradoxos entre praia e montanha, ambiente urbano e verde, riqueza e pobreza.

(Longe de ser só símbolo religioso ou turístico, dizem que o Cristo representa a alma do brasileiro: receptivo, de braços abertos. Foto tirada desse link)

Pão de Açucar

Não há uma forma melhor de subir os 396 metros do Pão de Açucar do que de bondinho. Inaugurado em 1912, foi o primeiro teleférico instalado no Brasil e o terceiro no mundo. A sua graça é ser todo de vidro, inclusive o chão. Com isso é possível ter vários ângulos da cidade. O passeio começa na Praia Vermelha, faz uma parada no Morro da Urca e chega, enfim, ao Pão de Açucar. O preço é um pouco salgado. A partir dos 13 anos paga-se 35 reais. Dos 6 aos aos 12, 17 reais. Abaixo dos 6 anos o passeio é gratuito. Os passeios acontecem de 30 em 30 minutos.

Outra forma de subir é escalando. Às vezes conseguimos ver, do bondinho ou da praia, pontinhos coloridos se mexendo entre as pedras. A face voltada para a Baía da Guanabara é menos inclinada e acessível para todas as idades, a partir dos 10 anos. Algumas empresas oferecem pacotes para quem quer "escalaminhar" o morro.

(Foto tirada desse link)

Jardim Botânico
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Criada em 1808 por Dom Pedro II para aclimatar algumas plantas e especiarias vindas do oriente, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um dos 10 mais importantes no gênero do mundo, principalmente pelo fato de abrigar espécies de plantas raras. O lugar tem 137 hectares e o passeio deve ser feito com o intuito de se perder e relaxar.

(Foto tirada desse link)

Lapa

Esse é um passeio para fazer a noite. O bairro da Lapa é o berço da boemia carioca. Hoje, outros ritmos além do samba e da bossa invadem o lugar, mas nenhum se sobrepõem ao outro. Começa a saída às 6h da tarde, quando ainda há luz suficiente para tirar uma bela foto nos Arcos da Lapa, o centenário arquetudo que foi construído por índios e escravos para trazer água do rio carioca até o centro da cidade.

Às 8h da noite já pode escolher uma das diversas opções locais: são bares, restaurantes, boates e casas de shows. O site Lá na Lapa traz a programação completa do que acontece no bairro carioca.
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(Foto tirada desse link)

Gafieira Estudantina

Típica casa de shows carioca, foi fundada ainda em 1932. A ideia era criar um ambiente alternativo aos antigos bailes populares da década de 30. Hoje, a Estudantina recebe shows e espetáculos de dança e tem sempre a pista aberta a quem quer dançar. O local ajuda em muito a afirmar e divulgar a dança de salão no Brasil e no exterior.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Uma seleção de praias mais que particular

O Rio não tem a maior costa brasileira, as praias mais agitadas e nem as mais bonitas. O único título que elas poderiam ganhar é de fazer parte do hall da fama: estão entre as mais famosas do país. Isso porque o bonito do Rio de fato não são as praias, mas também o calçadão, os morros, a cidade... o contexto todo.

E é por causa desse "contexto todo" que em uma viagem ao Rio todo mundo deve tirar um tempo pra visitar esses lugares, mesmo que não tome um banho de mar. Para isso, aí vai uma seleção - completamente subjetiva, admito - de 5 das 28 praias que tem no município. Uma coisa em comum? A água é bem fria!

Praia de Copacabana

Entre todas, é a mais famosa, principalmente pelo calçadão em ondas pretas e brancas que está sempre cheio. O mar é calmo, bom para o banho, mas é preciso tomar cuidado com algumas correntes marítimas mais fortes. A praia tem grande infra-estrutura para o esporte, como quadras de vôlei e futebol de praia, e costuma ser sede também de grandes eventos, como shows, aberturas de copas esportivas e é também onde acontece o maior reveillon do mundo.

(Pôr-do Sol em Copacabana. Quem quer ir pra lá levanta a mão! Foto tirada desse link)

Praia de Ipanema

É a praia jovem e revolucionária: nela foram exibidos os primeiros biquinis e tocadas as primeiras bossas. No meio da tarde a praia fica cheia de grupos de jovens que se reúnem para tomar sol, conversar, tocar violão, praticar esportes. O mar é tem ondas fortes em alguns pontos, por isso há um número expressivo de surfistas no local.

(Foto tirada da janela de um dos edifícios á orla de Ipanema. Tirada nesse link)

Praia da Barra da Tijuca

Com 18 km de mar, é a ganhadora em extensão. A praia da barra também ganha no quesito ondas. É propícia para esportes como o windsurf, o bodyboard e o surf. O bairro, de mesmo nome, também chama a atenção pela "riqueza": grandes prédios, shoppings imensos e moradores ricos.

(Desde 2000 a praia é sede do campeonato nacional SuperSurf. Esse ano o evento começou hoje e vai até domingo. Foto tirada desse link)

Praia do Leblon

Musa das novelas do dramaturgo Manoel Carlos, a praia do Leblon é a mais "chic", diremos assim. E também é a preferida dos esportistas, do frescobol à maratona, por causa da sua longa faixa de areia. Às vezes a praia se torna imprópria para banho devido a poluição.

(Não é só o Leblon que sofre com a poluição. As praias de Botafogo, Flamengo e Vermelha também são consideradas impróprias para banho. Foto tirada desse link)

Praia do Flamengo

Essa aqui está na seleção não necessariamente pela praia, mas pela orla e pela paisagem. O que chama atenção no lugar é o Parque do Flamengo, mais conhecido como Aterro do Flamengo. É um complexo de lazer aberto ao público inaugurado em 1965 e voltado principalmente ao esporte. Com jardins do famoso paisagista Burle Marx, o local tem quadras de tudo quanto é coisa, pistas de corrida, ciclovia, aparelhos de ginástica, playground, área para piquenique e até pista de aeromodelismo. A vista do Parque dá para a Baía de Guanabara, importante ponto turístico da cidade.

(O aterro é todo o verde que estamos vendo. O azul mais à esquerda, é a Baía da Guanabara. Ao fundo, o Pão de Açucar. Foto tirada desse link)